terça-feira, 3 de abril de 2012

MEU PAI: SEU FILHO



















"Antonio Eduardo Planchêz de Carvalho,
mandei dinheiro suficiente
em janeiro e fevereiro para pagar as contas de luz ,
você não pagou porque gastou com outras coisas .
Ja experimentou trabalhar um poucio com um trabalho honesto para pagar suas contas? .
Sua idade e sua saúde maravilhosa
lhe permitem ainda ter um trabalho
com carteira assinada de um homem normal,
800,00 reais voce tira mole como porteiro de edifício ou guardador de automovel
ja que não se preparou para nada na vida .
Me sinto constrangido de ter de dizer isso a você,
mas correr atraz de mulher você sabe .
Se não pode pagar a luz pelo menos economize luz"
( Seu Pai)

Pai, perdoa-me por ser poeta-cantor,
por ter feito na vida o que o meu coração acredita,
por andar que nem um gato faminto à caça da rata poesia,
das dimenções alucinadas, dos transes desconexos,
das mulheres ultrajantes
Preferi as ruas, rasguei as carteiras de trabalho,
esmigalhei os relógios de ponto
em nome do novo, do além,
do que nem eu compreêndo

Pai, eu nunca economizei luz, nenhuma luz,
segui a maldição, dos "vadios", dos que nada são,
toquei no resto dos restos, no embrião

Pai, se das estrelas não consegui arrançar moedas,
trouxe do inconsciênte o ouro ouro, o ouro de tolo,
a vergonha para todas as familias
que sentam na "poltrona num dia de domingo"

Não fui, não sou o filho que o senhor desejou,
sou o filho que desejei, o capeta que não para de falar,
que a todos atrapalha e encanta, sei lá

Pai, gratidão

Seu filho, Edu Planchêz (antônio eduardo)

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